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Os dias de Cristóvão Campos
As propostas culturais do ator para esta semana

Recém-galardoado com um Globo de Ouro para Melhor Ator na categoria de Teatro pela sua interpretação em Monóculo, Retrato de S. Von Harden, de Stéphane Ghislain Roussel, Cristóvão Campos encontra-se atualmente em cena no Teatro Maria Matos com Arte, de Yasmina Reza.
Vestir a pele de Sylvia Von Harden, jornalista que ficou conhecida por ter sido retratada pelo conceituado pintor alemão Otto Dix, valeu a Cristóvão Campos o galardão de Melhor Ator de Teatro na XXIX gala dos Globos de Ouro. Naquele que foi o primeiro monólogo da sua carreira, Cristóvão deu vida a uma mulher de cabelo curto, monóculo, cigarro na mão e discurso fluente, ícone da emancipação feminina num período de grandes transformações sociais, políticas e artísticas entre as duas grandes guerras.
Já na encenação de António Pires de Arte, o ator sobe ao palco ao lado de Nuno Lopes e Rui Melo para contar uma história de amizade que se vê abalada por algo aparentemente simples: a compra de um quadro totalmente branco, com riscas brancas, assinado por um aclamado artista contemporâneo. A peça, que reflete sobre amizade, diferença de opiniões e formas distintas de olhar a arte e o mundo, e que, com humor, aborda temas universais como o conflito, a empatia e a subjetividade, manter-se-á em cena até 30 de novembro.
Samuel Úria
Concerto a 11 de outubro
Coliseu dos Recreios
2000 A.D valeu a Samuel Úria o prémio de Melhor Canção na mais recente edição dos Globos de Ouro. O tema integra o álbum homónimo, que também dá nome ao espetáculo que marcará a sua estreia em nome próprio no Coliseu de Lisboa. “Apesar de não poder ir ao concerto, estou certo de que será um belo espetáculo. O Samuel Úria é um grande escritor de canções e a apresentação do último álbum valerá a pena ser vista (e dançada).”
Alice no País das Maravilhas, encenação de Marco Medeiros
Em cena até 30 de novembro
Teatro da Trindade INATEL
Alice no País das Maravilhas é uma obra intemporal que, através de uma viagem vertiginosa entre realidade e imaginação, nos leva a questionar a essência da nossa existência: o que somos e, sobretudo, quem somos. Alice é, no fundo, o reflexo das nossas dúvidas, sem idade nem género. Nesta versão musical, frenética e alucinante, o público é convidado a mergulhar no universo fantástico de Lewis Carroll. Esta sugestão de Cristóvão Campos “vem do desejo de ir ver a peça em breve”.
O Senhor Paul, texto de Tankred Dorst
Em cena até 9 de novembro
Teatro Aberto
“Na mesma lógica do desejo”, o ator sugere O Senhor Paul, um texto de Tankred Dorst com Ursula Ehler, aqui encenado por Álvaro Correia. Na peça, datada de 1944, um velho e ocioso homem, interpretado por Miguel Loureiro, resiste aos intentos do novo senhorio usando uma estratégia desconcertante: recorre a uma agressividade passiva que se revelará surpreendentemente eficaz para derrotar o empreendedorismo moderno.
Era Bom que Trocássemos umas Ideias sobre o Assunto
Romance de Mário de Carvalho
Porto Editora
“Gosto muito da escrita do Mário de Carvalho, do seu humor e crítica sorridente. Recentemente voltei a lê-lo com o livro Era Bom que Trocássemos umas Ideias sobre o Assunto, que aconselho. Mas não se fiquem só por este…”
Ouvir música
“Esta última é uma sugestão – barata e, no entanto, muito prazerosa. Todos os dias, ouvir um pouco de música em casa (pode ser só uma canção) mas, quando sugiro ouvir, sugiro que o façam sem mais nada. Sentam-se (ou deitam-se) e ouvem, só, mais nada. A música é, naquele momento, a protagonista e detentora de toda a nossa atenção. Espero que gostem!”