Até setembro, é para viver ‘Lisboa na Rua’

A programação de verão da EGEAC arranca a 19 de agosto no Castelo de São Jorge

Até setembro, é para viver ‘Lisboa na Rua’

O programa Lisboa na Rua está de regresso com vários eventos culturais ao ar livre e de acesso gratuito. Até 18 de setembro, jardins, praças e largos da cidade convidam públicos de todas as idades a assistir a concertos, performances e sessões de cinema, a participar em matinés de dança ou a deslumbrar-se com os mais incríveis truques de magia.

Se muitas das propostas da programação de verão da empresa municipal EGEAC são já “clássicos”, este ano estão reservadas algumas surpresas. Entre elas, a literatura de José Saramago (em ano de centenário do escritor) e a poesia de João Monge ao encontro das artes performativas ou as celebrações dos 200 anos da independência do Brasil, com um grande concerto em frente à Torre de Belém.

A programação abre com duas noites de atuações intimistas, no Castelo de São Jorge, no Festival Solo Fest, que reúne propostas de teatro, dança e música. A 19 de agosto, o ator Miguel Sermão interpreta Por Ele, uma comédia sobre a vida conjugal, e a compositora Mafalda Veiga revisita alguns dos seus temas mais conhecidos, apresenta versões de bandas como os Beatles ou David Bowie e ainda alguns inéditos; no dia 20, é a vez do espetáculo de dança Kodé Di Dona, com Mano Preto, naquela que é uma homenagem ao poeta, compositor e historiador cabo-verdiano, e ainda há um concerto da violoncelista e cantora cubana Ana Carla Maza.

A arte sonora e a magia preenchem os últimos dias de agosto através dos festivais Lisboa Mágica, com 15 artistas e 158 espetáculos, repartidos por uma dezena de locais da cidade; e Lisboa Soa que, sob o mote da Reinvenção, se divide nesta sexta edição, entre as Carpintarias de São Lázaro e o Museu de Lisboa – Teatro Romano, com instalações, performances e workshops.

Em setembro, destaque para o regresso da música clássica ao Vale do Silêncio com a Orquestra Gulbenkian sob a direção do maestro Diogo Costa, e com a participação de solistas convidados. Uma Noite no Vale acontece no dia 10, prometendo um grande espetáculo pensado para o parque verde dos Olivais, cujo repertório cruza a música sinfónica com árias favoritas de ópera, opereta e teatro musical, de compositores como Manuel de Falla, Jules Massenet, George Gershwin ou Leonard Bernstein, autor do famoso musical West Side Story.

Integradas no Lisboa na Rua estão também as atuações de mais duas orquestras: a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais que celebra o bicentenário da independência do Brasil num concerto que terá lugar nos jardins da Torre de Belém (dia 7) e a Lisbon Poetry Orchestra (dia 17), no Castelo de São Jorge, que apresenta o último trabalho intitulado Os Surrealistas.

No Museu de Lisboa – Palácio Pimenta têm lugar duas propostas diferentes, em dois sábados de setembro: no dia 3, a partir das 21h, numa parceria com o MoteLx, um cineconcerto com o filme de Manuel Luís Vieira O Fauno das Montanhas (1926), aqui apresentado em cópia digital restaurada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, acompanhado ao vivo pela Orquestra Metropolitana de Lisboa. No dia 17, o fadista Hélder Moutinho e a atriz Maria João Luís protagonizam literalmente o espetáculo A Voz e a Alma, cantando, declamando e interpretando a poesia singular de João Monge.

A Passarola, um espetáculo de teatro de rua a partir de Memorial do Convento, de José Saramago.

Ainda em setembro, sobem ao palco dois livros. No Largo José Saramago (antigo Campo das Cebolas) terá lugar, no dia 3, a partir das 21h30, A Passarola, uma adaptação teatral livre, baseada no romance Memorial do Convento do escritor laureado com o Prémio Nobel de Literatura em 1998, criada pela Trigo Limpo teatro ACERT. No Jardim do Palácio das Galveias, a 18, pelas 17h, é a vez da estreia do espetáculo Mais de Cem Mil Dias, a partir do audiolivro com o mesmo título de Inês Pupo, com ilustração de Ricardo Machado e músicas de Filipe Raposo e Gonçalo Pratas.

A Dança tem lugar cativo no Lisboa na Rua. Nas tardes de domingo, sob o lema Dançar a Cidade, o convite é para ter aulas ao ar livre, de Flamenco e Sevilhanas (na Quinta das Conchas), Danças Tribais Africanas (no jardim do Palácio das Galveias), Samba e Forró (no Parque Urbano Moinhos de Santana) e Salsa e Merengue (Largo José Saramago – Campo das Cebolas), a partir das 17h.

Outras expressões artísticas têm presença assídua nesta programação como a videoarte com o festival FUSO, durante 5 dias e em diversos locais da cidade, e o Cinema com o projeto Cinema no Estendal com dois dias de sessões ao ar livre.

Programa integral aqui.