artes
Arte ao ritmo da música
Uma exposição que é lugar de encontro entre artistas e público

A ArtBeat Fair estreia-se no Torreão Poente da Cordoaria Nacional, juntando criações de artes visuais às mais variadas expressões musicais. Uma exposição imersiva que nasce do reconhecimento de que a arte transcende fronteiras, idiomas e culturas e que aposta na promoção de artistas emergentes. A primeira edição acontece já entre 27 e 29 de junho.
São mais de 50 nomes de diferentes nacionalidades, numa ampla diversidade de estilos e influências. Na ArtBeat Fair reúnem-se artistas de várias expressões das artes visuais, para celebrar o diálogo entre culturas. Nesta exposição de entrada livre, que decorre no Torreão Poente da Cordoaria Nacional, de 27 a 29 de junho, os visitantes são conduzidos numa “viagem visual e sensorial”, onde podem conjugar a apreciação das obras expostas com a audição de performances musicais ao vivo.
A ideia partiu de três artistas – a portuguesa Liliana Oliveira, o italiano Roberto Grosso e o francês Luc Bernay – que se conheceram num evento de arte em Lisboa e que decidiram “criar um projeto diferente do que já existia, que fosse mais de encontro às necessidades dos artistas”, conta Luís Mesquita, diretor da ArtBeat Fair. “Queríamos apresentar arte, claro, mas numa lógica de apresentar artistas emergentes, ajudá-los a promoverem-se e a lançarem-se no mercado”, sublinha.
Na feira, onde cada artista tem o seu stand individual, o principal objetivo é “eles conhecerem-se, falarem entre si e, ao mesmo tempo, darem a conhecer-se aos visitantes”, explica Luís Mesquita. Até porque este intercâmbio cultural pretende ampliar a partilha de ideias, técnicas e visões criativas, inspirando novas formas de expressão e experimentação artística, diz. “Esta presença física dos artistas permite-lhes perceberem a sensibilidade das pessoas à arte que apresentam”, nota. A ArtBeat Fair, “um espaço inclusivo e único para celebrar a arte”, define, torna-se, assim, uma oportunidade para os artistas mostrarem o seu trabalho e venderem as suas obras sem custos de intermediação, dinamizando também a cena artística.
Na ArtBeat – o nome vem da junção de arte e música – deseja-se que “as pessoas vivam uma experiência onde apreciem arte enquanto ouvem música”. Por isso, são apresentadas performances ao vivo que integram dança, música e artes visuais, criando momentos sensoriais que, espera-se, cativem o público. “Haverá jam sessions, música clássica e eletrónica, violinistas, saxofonistas e sessões de didgeridoo e de kora, por exemplo”, avança Luís Mesquita.
Esta primeira edição conta com a participação de 52 artistas de 15 nacionalidades. Entre profissionais do setor, colecionadores e público em geral, esperam-se mais de cinco mil visitantes. Um projeto que “não acaba aqui”, promete-se. “Queremos ir para outras cidades e, eventualmente, até para fora do País”, revela o diretor da ArtBeat Fair.