Nova biblioteca leva nome do mentor da Expo

Biblioteca António Mega Ferreira inaugura a 22 maio

Nova biblioteca leva nome do mentor da Expo

Um equipamento para dar a conhecer o intelectual que adotou o compromisso cívico de, em prol da liberdade individual, empenhar-se na educação social e cultural das populações. O torreão do Pavilhão de Portugal é, a partir de dia 22, casa da Biblioteca António Mega Ferreira.

Reconhecido como um dos grandes intelectuais portugueses das últimas décadas, António Mega Ferreira foi escritor, jornalista e gestor cultural. Como mentor de vários projetos culturais de grande relevo, contribuiu para projetar a imagem da então jovem e periférica democracia, ávida de inscrever-se no espaço europeu. Destaque para a Expo-98, ambicioso projeto de comemoração dos 500 anos da chegada dos portugueses à Índia, que transformou e requalificou definitivamente a zona oriental de Lisboa.

É, justamente, num dos mais icónicos edifícios criados para o evento, o Pavilhão de Portugal, projetado pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira, que nasce a Biblioteca António Mega Ferreira, o mais recente equipamento cultural de proximidade a abrir as suas portas à cidade. Este equipamento acolherá a biblioteca pessoal do escritor, fruto de um memorando de entendimento assinado pelos herdeiros de António Mega Ferreira, a Câmara Municipal de Lisboa, a Junta de Freguesia do Parque Nações e a Universidade de Lisboa, proprietária do edifício.

Por se tratar de uma coleção patrimonial, a sua consulta ficará circunscrita ao espaço da biblioteca para que curiosos e estudiosos possam, a partir dela, conhecer melhor António Mega Ferreira, intelectual que adotou o compromisso cívico de, em prol da liberdade individual, empenhar-se na educação social e cultural das populações.

A par da sua coleção, este espaço disponibiliza também muitas das obras editadas durante a Expo-98, num trabalho conjunto com o Centro Interpretativo do Parque das Nações, que ficará igualmente instalado no Pavilhão de Portugal. A biblioteca será um espaço de estudo e de trabalho, a funcionar 24 horas por dia e que acolherá uma programação cultural, em articulação com a Reitoria da Universidade de Lisboa e do Centro Interpretativo, sob a gestão da Junta de Freguesia do Parque das Nações.