Nuno Sousa Vieira
Inhabitants ou imitar o andar

O trabalho de Nuno Sousa Vieira tem sido desenvolvido em estreita articulação com a antiga fábrica de plásticos SIMALA, onde estabeleceu o seu ateliê entre 2001 e 2021. Durante os vinte anos em que ocupou este espaço, o artista criou uma linguagem onde o local de trabalho é, também, o material de trabalho.
Assim, Sousa Vieira usa frequentemente nas suas obras objetos e materiais deixados para trás, quando a fábrica foi desmantelada, bem como, elementos arquitetónicos do edifício, dando uma segunda oportunidade à matéria.
O edifício da SIMALA foi desenhado especificamente para acolher a fábrica, encaixando-se numa arquitetura modernista que não é considerada de nota, não tendo a qualidade que precisaria para ser vista como um exemplo. Ainda assim, o modernismo da antiga fábrica é aquele que se afirmou no quotidiano de muitas populações.
Esta questão é algo que interessa a Sousa Vieira no seu trabalho: falar da história que não faz parte das grandes narrativas. É o desviar do nosso olhar para o que caiu na obscuridade e, pelo caminho, mudar a nossa relação com os objetos.
Terça a sexta, das 14h às 20h, sábado, das 11h-16h
Local: