As Portas que Abril Abriu

Poesia de Ary dos Santos

literatura
8 maio 2024
18h30
El Corte Inglês (Sala de Âmbito Cultural)
As Portas que Abril Abriu

“Dai ao povo o que é do povo / pois o mar não tem patrões. / – Não havia estado novo / nos poemas de Camões! // Havia sim a lonjura / e uma vela desfraldada / para levar a ternura à distância imaginada.”, escreveu José Carlos Ary dos Santos (1936 –1984) no longo poema As Portas que Abril Abriu, vibrante celebração da Revolução dos Cravos. O poeta, letrista, e declamador, ficou conhecido como o poeta do povo, apesar de pertencer a uma família da alta burguesia de origens aristocratas. Autor de centenas de poemas, a sua obra permanece na memória de todos graças a uma série de notáveis canções com letras suas, interpretadas por grandes cantores. Para Amália Rodrigues escreveu alguns dos seus mais belos e cuidados textos enquanto letrista (Alfama, Amêndoa Amarga, O Meu Amigo Está Longe), além de muitos outros para Fernando Tordo (Tourada, Cavalo à Solta), Paulo de Carvalho, Carlos do Carmo ou Simone de Oliveira (Desfolhada, Sete Letras). No 50º aniversário do 25 de Abril, a sua obra é revisitada com interpretações de Miguel Martins, José Anjos e Rui David (viola e voz).

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