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A poesia de Amália

Mostra bibliográfica

literatura
15 outubro a 15 dezembro 2020
Biblioteca Nacional de Portugal
A poesia de Amália

No âmbito do centenário de Amália Rodrigues, a Biblioteca Nacional de Portugal apresenta originais e edições dos poetas que a fadista cantou, desde autores medievais até aos seus contemporâneos.

Em grande parte pela mão de Alain Oulman cuja influência, nas palavras do comissário da mostra, Frederico Santiago, produziria “a mais original e profícua relação conhecida entre a poesia clássica e a música popular”,  Amália  “põe um povo inteiro não só a conhecer sonetos de Camões como a emocionar-se com eles, e inclui nos seus discos fados e canções com poemas de Mendinho, Dom Dinis, João Garcia de Guilhade, João Roiz de Castel-Branco, Bernardim Ribeiro…”

É também com Oulman que Amália desenvolve a sua ligação à poesia contemporânea cantando versos de José Régio, Alexandre O’Neill, Manuel Alegre, Ary dos Santos ou Cecília Meireles. Mas, segundo Frederico Santiago, “Amália canta mais poetas, muitos mais. Se alguns desses poemas são escritos de propósito para a sua voz, como a Gaivota, de Alexandre O’Neill, outros são “roubados” dos livros e até adaptados pela própria Amália, como o Povo que Lavas no Rio, de Pedro Homem de Mello. Uma aguda sensibilidade literária que culmina nalguns belíssimos poemas seus, muitos deles também cantados, sobretudo na fase final da carreira. Outros poetas ficariam na arca dos inéditos da cantora, como Gil Vicente, Almeida Garrett, Mário de Sá-Carneiro, Teresa Rita Lopes ou Armindo Rodrigues.”

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