A Confissão de Lúcio
André Murraças
Foi “entre a Lisboa dos cafés literários e a Paris boémia e aristocrática”, que Mário de Sá-Carneiro (1890-1916) ambientou esta “história de amor, obsessão, loucura e suicídio” que o dramaturgo e encenador André Murraças traz agora ao palco, depois de há uns meses ter levado o público, através do teatro de objetos, da Berlim fervorosa dos anos 20 aos campos de concentração nazis, em O Triângulo Cor de Rosa.
A Confissão de Lúcio, um dos mais notáveis textos em prosa desse vulto da geração de Orpheu, tem como base o triângulo amoroso entre Lúcio, o seu amigo Ricardo de Loureiro e a mulher deste, Marta. Depois de dez anos passados na prisão, acusado da morte de Ricardo, Lúcio clama pela sua inocência perante “um crime fantástico, sexual, anormal”, numa “confissão” em que Sá-Carneiro deposita todas as linhas temáticas que lhe granjearam o estatuto de poeta maldito: o amor pervertido, o suicídio, a incompletude e a alienação existencial. FB
Ficha técnica:
Pinguim Púrpura. Mário de Sá-Carneiro, texto; André Murraças, adaptação e encenação; Francisco Goulão, Isac Graça e João Cachola, interpretação.
12,50 € - (ver descontos aplicáveis)
Local:
