Oliveira Tavares
Ponto de partida

Vividos 60 anos, sinto que é um momento de balanço. Desde as primeiras pinceladas, os primeiros desenhos que tento fazer o meu melhor. Estudei as técnicas e os clássicos. As minhas raízes na pintura estão fundadas na memória dos mestres do passado. De todos carrego algo, uma memória, um conhecimento, uma textura, uma cor, uma emoção…
Lembro-me de Vermeer, Leonardo da Vinci, Velasquez,Veronese, Manet, Monet, Van Gogh, Turner, Joaquim Sorolla, Picasso, Júlio Resende, Vieira da Silva entre tantos outros.
A pintura é um ato de continuação permanente. Vamos tentando fazer parte do testemunho e do percurso dos artistas do passado. Vamos acrescentando a nossa contribuição a toda uma comunidade dedicada às cores e as formas. Como me sinto eu neste processo de autoanálise? Sinto-me no Ponto de Partida. O ponto de partida é o aqui e agora, é onde me interrogo, onde me ponho em causa, onde está a nossa curiosidade e o desejo de aprender. Se queremos evoluir estaremos sempre no Ponto de Partida.
Esta mostra é multifacetada, porque não me restrinjo a um estilo e a um tema. Faço figuração, abstrato, mais gestual ou mais sereno, tudo é válido porque é o Ponto de Partida (…).
António Oliveira Tavares
Terça a sábado, das 11h às 19h
Local: