O Cinema Clássico de Dorothy Arzner
A retrospetiva Dorothy Arzner (1897-1979) dá a conhecer a obra daquela que foi a primeira mulher a integrar o Directors Guild of America, em 1933, e a única realizadora mulher a filmar regularmente nos estúdios de Hollywood durante a chamada “idade de ouro”. Lutou para se afirmar como cineasta no sistema dos estúdios e, entre 1927 e 1943, realizou quatro longas-metragens mudas e 12 sonoras. Apesar disso foi ignorada, pelos seus pares, nas décadas posteriores.
Argumentista e montadora experiente tinha um talento inato para descobrir atores e atrizes que seriam grandes estrelas (entre os quais Fredric March, Clara Bow, Katharine Hepburn ou Joan Crawford). A sua filmografia é um reflexo dos tempos em que viveu, e aborda frequentemente questões de género. As suas histórias retratam o quotidiano das mulheres, o sexismo, o adultério, a maternidade e o matrimónio. À frente do seu tempo, viveu também a vida pessoal com uma liberdade fora do comum para a época, enfrentando o preconceito por ser lésbica. Manteve uma relação de 40 anos com a coreógrafa e bailarina Marion Morgon.
O programa exibido apresenta toda a sua obra, atualmente existente, o que inclui 13 das 16 longas-metragens. São ainda apresentados três outros títulos: The Red Kimona (Walter Lang, 1925, com a participação de Arzner como argumentista), exemplo de um dos seus trabalhos no cinema anterior à realização; o coletivo Paramount on Parade (1930, no qual um dos segmentos é assinado por Arzner); e o documentário alemão sobre a realizadora Sehnsucht Nach Frauen: Dorothy Arzner (Katja Raganelli, Konrad Wickler, 1983).
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