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Migrações, Cultura e a Reconstrução do Tecido Social

ciências
25 novembro a 2 dezembro 2020
16h00
Migrações, Cultura e a Reconstrução do Tecido Social

Nas próximas semanas, a Culturgest apresenta duas conferências: nos dias 25 de novembro – Arqueologias da Hospitabilidade– e 2 de dezembro – Tecer o Tempo-, ambas às 16h, e transmitidas em live streaming, no Facebook e no YouTube da Culturgest, em inglês sem tradução simultânea, e em francês com tradução simultânea, respetivamente. A primeira, Arqueologias da Hospitalidade, irá debater assuntos ligados às migrações, à colonização, à cultura material. Que objetos levam consigo aqueles que são forçados a partir para conservar uma ligação mental e afetiva com a vida anterior e para estruturar o presente? O que nos dizem os restos de passagem de fronteira, os abrigos temporários, as expressões artísticas migratórias, os muros e outros aparatos de fronteira? Quando foi que esquecemos os nossos próprios refugiados de guerra e migrantes clandestinos?
Explorando os traços materiais da migração, este encontro conta com a participação de três investigadores e arqueólogos: Rachael Kiddey (Universidade de Oxford), que tem vindo a analisar a temática das migrações e o papel da cultura material em situações de deslocamento forçado contemporâneo na Europa, Rui Gomes Coelho (Universidade de Durham e UNIARQ – Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa), que trabalha sobre arqueologia do passado recente, com interesses na constituição sensorial de modernidades alternativas, e em comunidades que mobilizam a cultura material contra abordagens nacionalistas do património cultural, e Yannis Hamilakis (Brown University), cujos principais interesses de investigação são as políticas de arqueologia e património, etnografia arqueológica, experiência e sensorialidade, a arqueologia da Grécia e a arqueologia da migração contemporânea.
Na conferência Tecer o Tempo, que conta com a participação do escritor do Madagáscar, Jean Luc Raharimanana, e do antropólogo e arquiteto do Togo, Sénamé Koffi Agbodjinou, serão criadas ideias a partir de dois pontos de vista: a literatura como uma forma de convocar o encontro entre múltiplos mundos e de reparar o tecido social despedaçado pelo processo colonizador em África (Raharimanana) e a partilha dos resultados da prática urbanística high-tech tornada acessível a todos, o impacto das crenças ancestrais na organização das aldeias, bem como o impacto do epistemicídio na crise que vivemos (Agbodjinou).