Maman
Com base nos textos A Poltrona e Glória, ou Como Penélope Morreu de Tédio, de Cláudia Lucas Chéu, este monólogo aborda temáticas como o vazio, o luto, a espera, a obsessão e a alienação.
Maman faz a ponte entre os dois textos, desenvolvendo a ideia de uma mulher encarcerada na sua casa e nas suas memórias, e que recorre às tarefas rotineiras como paliativo para escapar à solidão e ao tédio. Uma Lídia que avança para trás e para diante no tempo de forma aparentemente desconexa, e um pathos universal, que tanto pode assumir-se como homem ou como mulher. O ambiente cenográfico, sem palco nem plateia, remete para um “desespero claustrofóbico de espelhos estilhaçados”, como afirma a autora; uma cave onde se pode, por momentos, espreitar para uma rua do século XX.
Ficha técnica:
A partir de Cláudia Lucas Chéu. José Gil, encenação; Carla Madeira, interpretação.
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