Ficaram tantas histórias por contar

O programa de janeiro do Doclisboa é construído a partir de uma rede de filmes que procuram colmatar os silêncios de diferentes narrativas da históricas, seja esta de um país, de uma cultura ou de uma pessoa. São filmes que partem de materiais diversos, arquivos familiares, found footage, diários ou textos artísticos, processados a partir de diferentes pontos de vista sociais e políticos, com foco nas questões de identidade e memória. Sempre em relação ao futuro que essas histórias moldam.

Destaque para dois filmes portugueses: Visões do Império, de Joana Pontes, sobre o modo como o império português e a sua história foram imaginados, documentados e publicitados a partir do registo fotográfico, desde o final do século XIX até à revolução que, em 1974 e Fé, Esperança e Caridade, de Maria João Rocha, uma peça que conta a história da luta de uma jovem para conseguir sobreviver na cidade de Viena, nos anos 30, no surgimento do nazismo.

De salientar ainda o regresso ao debate iniciado em outubro, que levou o Doclisboa a propor, em janeiro, à SOS Racismo a construção e apresentação de um programa a decorrer em janeiro 2021 no Padrão dos Descobrimentos.

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