Carlos Guerreiro
Reboco

Uma fina camada de argamassa reveste a superfície da casa, Reboco. Na habitação, esta assume-se como a sua fronteira mais epidérmica. Reboco afirma-se como a pele, espaço final de divisão entre a construção e a natureza, aquele que define a geografia mais próxima do tópos público, mas também por antonímia o início do que afirmamos como privado.
Na hipótese de diálogo entre a natureza e a construção humana, como esta ocupa a outra, na sua convivência ou colonização, são estas as bases para o trabalho presente. Mais que partir de referentes sociais ou focado no real, esta exposição fez uso das afinidades eletivas que diversas memórias da ficção escrita fixaram.
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