A Paz é a Paz
Um Coletivo

Sabemos da guerra porque a bala guardada nos corpos mortos, nos corpos mutilados, nos corpos doentes dos homens é cuidada por mulheres. Mulheres que redesenham o mapa dos estilhaços nos seus corpos, longe mas íntimos, de outros combates. Mulheres que lutam com os pesadelos, com os silêncios e com as dores. Mulheres que clandestinamente pensam na morte e tragam os gomos de uma laranja, comendo um poema de vísceras e paz.
A Paz é a Paz é sobre estas mulheres. É um Teatro de Guerra que começou na vida da jornalista e poeta Maria João Carvalho para logo abraçar a Guerra Colonial, nos braços das suas madrinhas, e pensar na Ucrânia e na Palestina. A Guerra, afinal, é a Guerra. E para lá da ausência de frutos nas árvores, de cães e gatos nas ruas, para lá da ausência de pão e teto, acendem-se poemas como estrelas.
Espetáculo integrado no ciclo Abril Abriu do TNDM II e nas comemorações dos
50 anos do 25 de Abril.
Ficha técnica:
UmColetivo. A partir da poesia inédita de Maria João Carvalho e de entrevistas a madrinhas e refugiadas de guerra e a mulheres de combatentes e ex-combatentes. Ricardo Boléo, dramaturgia; Cátia Terrinca, Mariana Correia e Orquestra Jazz da Figueira da Foz e Banda Euterpe, interpretação.
12 €
Local: