A menina que não cabia numa caixa quadrada

O seu nome é Flora, de flor, florar, florir. Flora de um nome só. Podia ter a mesma idade de cada um que a ouve, se formos capazes de ouvir a infância que guardámos e escondemos.

É um pensamento esticado. Uma conversa com os seus botões que não acaba.

Até parece que tem tudo. Que não lhe falta nada, mas a caixa está a mais.

Ainda se lembram como se chama?

É Flora, de flor, florar, florir. Flora de um nome só.

Além da música, construída ao vivo com as crianças, o espaço cénico vive de adereços assentes em materiais da natureza, completamente transformados, acompanhando, assim, a mesma lógica do texto: palavras que se transformam e ganham novos significados. Música, palavras e adereços transformam-se e renascem ao longo do espetáculo para, também eles, darem cor e forma a uma história que não cabe dentro de nenhuma caixa.

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