A censura e o reino da estupidez
Por Hervé Baudry

A censura e o reino da estupidez: a segunda parte do título remete para duas famigeradas obras. A primeira, atribuída a Francisco de Melo Franco, foi composta por volta de 1785; a segunda, com título assumidamente retomado da primeira, de Jorge de Sena e publicada em 1961.
Nenhuma dessas obras trata explicitamente da censura. Mas, vistas de longe, assinala-se a sua omnipresença. Serão, portanto, o ponto de partida para refletir sobre as manifestações da estupidez, sem esquecer o seu suposto contrário, a inteligência, nos domínios do controlo e do combate à livre expressão humana, tanto ao nível institucional, como individual, isto é, do censor.
Esta sessão, aliás, integra-se na preparação de um encontro sobre a estupidez do último.
Hervé Baudry é investigador no CHAM-NOVA, com trabalhos sobre a censura literária, em particular a microcensura.
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