Ângela Dias
Eterno intermitente

Animal e vegetal indistinguem-se unidos pelo impulso primevo. Mulheres cujos braços sugerem caules pendentes, letras que são cílios, estames, tramas que são corpos, forças que se combatem, conjugam, linhas finas que lembram redes de vasos sanguíneos, mas poderiam ser raízes, enleio de ramos, folhas, corolas, formas que divergem e incessantemente se repetem.
E sempre o mesmo movimento da vida. A mesma teimosia da vida. Fome incansável, labor incansável. Busca que ignora o seu último sentido. Busca que talvez não tenha último sentido. Para lá de procurar, obstinadamente procurar.
Excerto do texto de Jorge Roque
Segunda a sexta, das 15h às 19h, sábado, das 10h às 13h
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