Piracema Nu Bai – Mostra de Cinema Indígena, Negro e Periférico

Piracema Nu Bai – Mostra de Cinema Indígena, Negro e Periférico propõe um olhar inovador sobre cinematografias historicamente marginalizadas no circuito cultural, promovendo o encontro entre diferentes expressões estéticas e experiências de resistência.
Enquanto cineastas e pensadores indígenas, marcam presença Olinda Tupinambá e Ziel Karapotó (Brasil), Francisco Huichaqueo (Chile), Citlalli Andrago e Joshi Espinosa (Equador), que conversam com realizadores e artistas afrodescendentes e negros, como Falcão Nhaga, Pocas Pascoal, Ilda Vaz, Denise Santos e Maíra Zenun.
Piracema, palavra de origem Tupi, designa o movimento dos peixes que sobem o rio rumo à nascente. Nu Bai, expressão kriolu cabo-verdiana, significa “nós vamos”. Juntas, as palavras evocam um gesto coletivo e afirmativo de deslocamento, encontro e transformação.
A mostra abre com uma performance de Olinda Tupinambá e Ziel Karapotó na tarde do dia 3 de junho, no Jardim do Príncipe Real. A intervenção artística, inspirada na força da natureza e na inter-relação entre as espécies, revela o papel da ancestralidade e da arte como forças propulsoras no processo de reflorestamento dos territórios e dos imaginários coletivos.
Em paralelo à programação cinematográfica, realiza-se ainda, de 4 a 6 de junho, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, o encontro científico Reflorestar o património: Museus e a retomada dos povos indígenas, também inserido no projeto EDGES. O encontro propõe uma reflexão crítica sobre os museus como territórios em disputa e espaços possíveis de cura, escuta e reencantamento, a partir das cosmopolíticas indígenas.
Programa completo aqui
Local: