Penélope

Em cena, uma rapariga apressada. Ali, ela é convidada a contar a história de Ulisses, que contra a sua vontade foi para uma guerra indesejada, e de Penélope, que por ele esperou durante 20 anos. Em palco, uma contrabaixista, uma marioneta, a luz, e um espaço por preencher. E é neste movimento que, ao contar a história da rainha de Ítaca, a rapariga se lembra das histórias durante a guerra colonial, de que a tia lhe falava.

Esta peça, uma criação do Teatro da Cidade, desenvolve uma narrativa que convoca todas as Penélopes, misturando a Mitologia com a História da Guerra Colonial Portuguesa, e convida os espectadores mais jovens (e adultos) a olharem para o conceito de espera, onde Penélope, protagonista da ação, é símbolo de esperança e resiliência num tempo em que a velocidade toma conta dos nossos dias e a realidade parece uma ficção de guerras e anti-heróis.

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