Nas Margens da Cidade

Situado nos arrabaldes de Lisboa durante grande parte da sua formação, Arroios desenvolveu-se à margem dos principais centros de poder e decisão urbana, sendo muitas vezes relegado a um papel secundário no planeamento da cidade.

No entanto, essa condição periférica tornou-se precisamente o seu traço distintivo: um espaço de constante acolhimento e transformação, onde sucessivas ondas de migração — desde as comunidades rurais portuguesas até às comunidades migrantes oriundas da África, Ásia e América Latina — encontraram lugar para se enraizar.

Ao longo do tempo, Arroios consolidou-se como um território de encontro, diversidade e resistência, um reflexo vivo das margens sociais que historicamente lhe deram forma e identidade.

Este percurso, dinamizado pelo Museu de Lisboa, é um convite a uma viagem pela história de um território periférico que se transformou num espaço de múltiplas centralidades, durante a qual se convocam patrimónios e identidades ligadas à saúde, à religião, ao poder, ao lazer, ao comércio, ao urbanismo e à diversidade das comunidades que nele habitaram e habitam.