Myriam Laplante
It was a dark stormy night
Na sua mais recente ação, Myriam Laplante, artista canadense radicada em Bevagna (Itália), apresenta It was a dark stormy night, uma performance que reflete o seu estado de dúvida e o interesse pela transformação, o absurdo e a resistência à desordem inevitável das coisas.
As suas performances desenvolvem-se muitas vezes em espaços “site-specific”, combinando objetos e instalações que criam atmosferas próprias com cenários oníricos, vertiginosos e fantásticos.
Para Laplante, o caos no universo cresce de forma irreversível. Ao tentar criar ordem, o que chama de “entropia negativa”, reconhece a contradição de aumentar ainda mais a desordem. Resume essa ideia com ironia: Todo esforço para criar ordem é inútil; é melhor evocar a magia e ficar invisível.
Entre o humor negro e a melancolia, a artista reflete sobre o impulso humano de dar sentido às coisas e sobre o caráter passageiro de todas as formas. Por meio dessa tensão, a artista constrói uma crítica aguda à globalização, às hegemonias culturais e políticas, às manipulações científicas e às estruturas que negam a liberdade e a fragilidade como dimensões essenciais da existência.
Maiores 16 anos
Ficha técnica:
Curadoria de Nuno Oliveira e Margarida Chambel
Local: