Gracinda Candeias
Chupa-Chups

A exposição assinala um momento especial na carreira de Gracinda Candeias, artista incontornável da arte contemporânea portuguesa, que celebra este ano 55 anos de percurso artístico. Reconhecida sobretudo pela sua pintura, Gracinda Candeias construiu uma obra multidisciplinar que atravessa a performance, cenografia, moda, arte pública e a investigação artística, destacando-se como uma das pioneiras da Body Art em Portugal.
As performances realizadas no final da década de 1970 – como a apresentada na 1.ª Bienal de Cerveira, em 1978 – surgiram num Portugal em transição, ainda marcado por estruturas conservadoras. Nestes gestos, a artista explorava o corpo como meio de expressão e emancipação, em performances que descreve como a libertação do corpo e a festa dos sentidos.
O reconhecimento internacional desse período foi recentemente valorizado com a sua presença numa exposição no Museu de Valência (IVAM), que destacou a relevância histórica dessas ações performativas.
É neste contexto que o CPS homenageia e revisita este capítulo marcante da obra de Gracinda Candeias. A exposição Chupa-Chups apresenta duas novas edições de arte – uma serigrafia e uma estampa digital, em edições limitadas, numeradas e assinadas – que recorrem a imagens emblemáticas dessas performances dos anos 1980. Estas obras sublinham o papel da artista como voz crítica e disruptiva, cuja abordagem ao corpo feminino permanece surpreendentemente atual.
Ao lado destas novas edições, estarão também patentes as obras originais da trilogia Chupa-Chups, um conjunto fotográfico anteriormente exibido no IVAM, que testemunha a força simbólica e visual do trabalho performático de Gracinda Candeias.
Segunda a domingo, das 10h às 19h
Local: