Como Falar do Trauma?
Uma ditadura ainda presente nas artistas ibéricas

A exposição coloca em diálogo oito artistas contemporâneas de Portugal e de Espanha (Andaluzia) a fim de explorar as marcas das ditaduras ibéricas no presente das mulheres.
Os trabalhos reunidos abordam o impacto intergeracional da opressão política, assim como as dinâmicas entre memória, pós-memória e contra-narração. Numa perspetiva crítica, estas obras questionam a amnésia cultural e histórica que frequentemente silencia as experiências traumáticas de subjetividades marginalizadas.
Concebido como um percurso labiríntico, o espaço expositivo articula tecido e um jogo de luz, criando uma cenografia que dramatiza a tensão entre revelação e ocultamento. Este dispositivo enfatiza tanto as projeções imaginárias como os silêncios e ressonâncias que habitam nos interstícios da memória coletiva e nos ângulos mortos das narrativas oficiais.
Mais do que retratar somente a dor, Como Falar do Trauma? convida o público a atravessar as fronteiras entre o visível e o velado, o narrado e o esquecido, promovendo uma reflexão poética e consciência política sobre como lidar com as heranças do passado e a possibilidade de reimaginar futuros.
Terça a domingo, das 10h às 13h e das 14h às 18h
Ficha técnica:
Artistas: Alice Geirinhas, Ana Pérez-Quiroga, Carla Hayes Mayoral, Cintia Gutiérrez, Cristina del Águila, Elo Vega, Susana Gaudêncio e Susana Mendes Silva
Curadoria de Ana Pérez-Quiroga, Bruno Marques e Javier Cuevas del Barrio
Local: