Bach/Xenakis: entre Labirintos e Constelações

Entre a percussão, a dança e dois monumentos da história da Música, Pedro Carneiro e Teresa Simas revisitam o seu encontro em Londres, no South Bank Centre, há 25 anos. A Oferenda Musical de Bach e Pléïades de Xenakis são aqui celebradas com uma gigantesca orquestra de percussão e bailarinos, num contínuo entre labirintos e constelações, na alegria imediata da propulsão incessante do som, do ritmo e do movimento, com uma nova criação coreográfica de Teresa Simas.

A partir de um tema enigmático de Frederico o Grande, a Oferenda Musical (1747) é um dos grandes monumentos da arte contrapontística dos últimos anos de Bach. Inspirada nas estrelas e constelações, com o fulgor das percussões mágicas de África Ocidental e do hipnótico Gamelan das ilhas de Java e Bali, as Pléïades (1979) transportam o público para um turbilhão imparável, uma profusão de cores, movimentos e ritmos. Através dos 232 anos que separam as duas obras, nasce uma contemplação sobre geometria, padrões, forma e invenção.

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