Alberto Carneiro e Charlotte Moth

Vivenciar

artes
28 maio a 26 julho 2025
vários horários
3+1 Arte Contemporânea
Alberto Carneiro e Charlotte Moth

Nesta exposição, Moth mostra uma série de novos trabalhos em diálogo com obras de Carneiro, estabelecendo uma narrativa assíncrona que potencia novas formas de interpretar a prática de ambos.

O título Vivenciar significa sentir ou experimentar algo com intensidade. É um verbo que descreve perfeitamente a prática dos dois artistas: encarando a arte enquanto experiência, extraordinariamente sensíveis ao ambiente à sua volta e constantemente inspirados pelas pequenas coisas.

O que os une continua no interesse pela escultura, no ato de fotografar a preto e branco, nas viagens pelo mundo, na profissão de professor – para além de artista – mas particularmente na observação meditativa da natureza.

A conversa que se estabelece entre Carneiro e Moth pode apenas ser imaginada. É feita através do tempo, começada há muitos anos, continuada na exposição e, ainda, sem fim à vista. Apenas sabemos que, apesar de esta acontecer em momento diferentes, as obras de Moth foram condicionadas pelo trabalho de Carneiro, e a forma como o observador interpreta as peças de Carneiro é influenciada pelo olhar de Moth.

O trabalho de Carneiro foi de grande relevância para a escultura portuguesa, rompendo com um cânon ilustrativo, através de vários questionamentos conceptuais, performativos e experimentais. Recorrendo à escultura, instalação, fotografia e desenho, o artista procurou explorar um universo temático e visual assente na relação do corpo com os elementos naturais, resultando numa obra fortemente autoral caracterizada por indagações filosóficas sobre a paisagem, a natureza e a relação dos humanos com o mundo.

Trabalhando sobretudo com fotografia, escultura e vídeo, Moth vê as suas obras como uma forma de guardar, lembrar e analisar as suas experiências. Ao registar pequenos momentos da sua vida pessoal, a artista explora as formas que mais lhe interessam, sejam estas escultóricas, arquitetónicas ou parte da natureza. O resultado é uma coleção de fragmentos que nunca se mantém estática, o que permite a constante reinterpretação de seu trabalho.

 

 

 

Terça a sexta, das 14h ás 19h, sábado, das 11h às 16h


Ficha técnica:

Curadoria de Caroline Hancock

Local: