Prémio Bárbara Virgínia
'A mulher que acreditava ser presidente dos EUA'
O Prémio Bárbara Virgínia, criado pela Academia Portuguesa de Cinema para “distinguir uma mulher portuguesa que se destaque na sétima arte” é atribuído nesta edição de 2025
à diretora de fotografia Inês Carvalho, reconhecida como a primeira mulher portuguesa a assinar a fotografia de uma longa-metragem em Portugal. A distinção é entregue a Inês Carvalho numa sessão onde é exibido o filme de João Botelho, A mulher que acreditava ser presidente dos Estados Unidos da América.
Com um elenco exclusivamente feminino, A mulher que acreditava ser presidente dos Estados Unidos da América forma uma espécie de díptico com Tráfico, na medida em que também é uma sátira filmada com cores berrantes. Mas aqui a fantasia é mais desabrida, pois, não se contentando em ser loira e devota do consumismo à americana, a protagonista, uma pequeno-burguesa lisboeta, sonha que é presidente do país mais poderoso do mundo. Botelho desenvolve com imaginação e fantasia uma fábula sobre o poder, os seus perigos e os seus ridículos, num filme que com o passar dos anos tornou-se premonitório. Cinemateca Portuguesa
De João Botelho, com Alexandra Lencastre, Rita Blanco, Laura Soveral
Portugal, 2003, 114 min, M/12
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