Flávia Vieira
Pau-Campeche

As plantas não começam no início. Emergem do meio, do âmago das coisas, nem inteiramente da terra nem plenamente do céu. Entretecem-se através do mundo, enterrando as suas raízes no solo enquanto se estendem em direção à atmosfera, sempre em movimento, sempre em conexão. Convidam-nos a viajar com elas, a seguir os seus percursos no tempo e no espaço.
Formada em Belas Artes no Porto e radicada no Brasil há quinze anos, Flávia Vieira trabalha com escultura, têxteis e cerâmica, numa exploração das histórias culturais do fazer.
A sua investigação sobre pigmentos naturais informa o seu conceito de “diásporas botânicas” – o entrelaçamento contínuo da natureza, história e cultura à medida que as sementes migram e as plantas são desenraizadas e replantadas noutros lugares, impactando os seus entornos.
Em Pau-Campeche, a artista desenvolve esta ideia por meio de paisagens fílmicas e escultóricas inspiradas na árvore com o mesmo nome.
Terça a domingo, das 10h às 13h/14h às 18h
Ficha técnica:
Curadoria de Sofia Lemos
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