Três Mulheres com Máscara de Ferro

Estreada mundialmente na Fundação Calouste Gulbenkian em 2014, Três Mulheres com Máscara de Ferro, a partir de texto homónimo de Agustina Bessa-Luís, volta agora ao palco do Teatro Aberto para três récitas únicas.

Aceitando o desafio de Mónica Baldaque (filha da escritora), o encenador João Lourenço abraçou o risco imenso (assumido pelo próprio) de construir uma ópera de raiz a partir de um texto inédito, “curto, mas denso, e não dramatúrgico”, datado de 1998. A peça em um ato, com dramaturgia de Vera San Payo de Lemos, junta em cena três exemplares personagens do universo da escritora – Quina, A Sibila; Fanny, de Fanny Owen; e Ema, de Vale Abraão –, representações únicas da condição feminina na sociedade patriarcal (e paternalista) do Portugal novecentista.

Para especificar o que cada uma tem de particular e, simultaneamente, permitir o diálogo entre estas mulheres, Eurico Carrapatoso assina “uma ópera de câmara” para três solistas, assente em música composta para clarinete, violino, violoncelo e piano. FB

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