Teresa Segurado Pavão e João Cutileiro
Às vezes ponho-me a olhar para uma pedra
João Cutileiro (1937-2021), nome incontornável da escultura contemporânea, foi um aliado incondicional do Museu Nacional de Arte Antiga. Agora, o Museu evoca o seu trabalho expondo obras contemporâneas de Teresa Segurado Pavão, artista que reutiliza fragmentos de pedra doados pelo escultor.
Teresa Segurado Pavão visitava frequentemente o ateliê de Cutileiro e, da mesma forma como este se maravilhava com os restos das esculturas de Michelangelo, a artista fascinava-se com os excedentes das obras de Cutileiro.
Os fragmentos são, aliás, um elemento central na obra de Teresa Segurado Pavão; eles provocam a imaginação da artista, enquanto carregam memórias, histórias e vidas antigas. Ela constrói as suas obras a partir de restos de esculturas, cacos de faiança e de porcelana, pedras, ossos, fios, conchas ou até marfins de um velho piano, recorrendo, também, ao ferro, aludindo às estruturas das esculturas de Cutileiro.
Por isso, pode dizer-se que Às Vezes Ponho-me a Olhar para uma Pedra, com curadoria de Filipa Oliveira, é mais que uma exposição, é um projeto de afetos e homenagens.
Terça a domingo, das 10h às 18h
Ficha técnica:
Curadoria de Filipa Oliveira
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