Svenja Tiger
Nume
Nume é uma instalação que nasce do fascínio pelo céu noturno, pelas estrelas, pela lua e por todo o estranho imaginário do cosmos. Visualmente segue os primeiros passos dum viajante em direção ao sol dentro do seu traje espacial, que lhe permite deambular na zona dos mistérios. Um espaço que imaginamos cheio de objetos, planetas, solos, mares e montanhas.
Visualiza-se o corpo de um espaçonauta, ele é livre de ter género, de ser político ou ético, de ter moral e fé. Apenas veste o capacete e vai viajar, ver e sonhar. É esta a imagem, na qual se encontra o fundamento para o conceito contextual e visual desta peça: o astronauto como poeta.
Nessa viagem hipotética são abordados os paradoxos da vontade de descobrir o espaço e de fantasiar com a sua consequente designação, habitação e ocupação. O astronauta passa a ser uma metáfora dos nossos desejos e medos, ao mesmo tempo que explora ele foge. Um ser que nunca chega porque nunca parte, um ser preso numa melancolia de ser e já não pertencer à Terra. Alguém que veste um fato que passa a ser um outro corpo. Através da sua visão, começamos familiarizar com esses objetos cósmicos e ao mesmo tempo sentimos uma expansão da noção frágil o que é a natureza.
Terça a sábado, das 15h às 19h
Local: