Roberto Zucco
A partir de Bernard-Marie Koltès
É necessário escapar da prisão, mas todo o mundo é na verdade uma prisão, é necessário estar em fuga constante dos pais, da sociedade, do amor, das pessoas, da vida em geral, é preciso fugir do mundo e combatê-lo, mesmo que a vitória não seja possível. Após escapar da prisão e cometer diversos homicídios, Zucco não terá mais saída «Sou o assassino do meu pai, da minha mãe, de um inspetor da polícia e de uma criança. Sou um assassino.» Ao longo da peça, o espectador será confrontado com a possibilidade de se identificar mais com o assassino em série do que com as famílias ditas “tradicionais”, pessoas comuns, figuras que não têm identidade, reduzidos a pais, mães, guardas, putas, chulos ou vozes que surgem ocasionalmente, todas elas ruídos de fundo que apenas transmitem a aparência da normalidade superficial em que existimos. A consciência de que a morte é algo inevitável acompanha Zucco até ao fim da peça.
Ficha técnica:
Primeiro Acto/ Encontro de Sons. A partir de Bernard-Marie Koltès, texto; Beatriz Teixeira, adaptação e encenação.
6 € - preço normal (ver descontos aplicáveis)
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