Raúl Ruiz – A Imagem Estilhaçada
Parte II
A segunda parte deste monumental Ciclo que dedicamos a este não menos monumental cineasta tem, por sua vez, duas partes distintas. A primeira, engloba todos os filmes que realizou no Chile (excluindo, obviamente, as três obras “póstumas “, que já exibimos em fevereiro), quer antes do exílio a que foi forçado, logo após o golpe de Estado de Pinochet, em setembro de 1973, quer os filmes que aí realizou, já neste século, após o restabelecimento da democracia, incluindo a sua última obra, La Noche de Enfrente, de 2012.
A segunda parte desta Parte II, é composta pelos filmes da fase imediatamente após o exílio e o primeiro filme produzido por Paulo Branco (The Territory), obras maioritariamente produzidas e/ou encomendados pelo INA (Institut National de l’ Audiovisuel de França) entre 1975 e 1982. (…) Cinemateca Portuguesa
A carreira de Ruiz teve início no teatro de vanguarda no Chile, sua terra natal. Posteriormente, já como realizador, destaca-se internacionalmente com Três Tristes Tigres (Leopardo de Ouro, em Locarno). Em 1972 é forçado a exilar-se em França, após o golpe fascista. Na nova pátria é o enfant terrible da vanguarda parisiense e um dos cineastas mais empolgantes e inovadores. A mestria com que usa a luz reforça o caráter experimental, exotérico e surreal dos seus filmes. Ruiz manteve sempre uma profunda ligação à grande literatura adaptando, entre outros, Proust, Stevenson, Racine, Kafka ou Camilo Castelo Branco.
A partir da década de 80, desenvolve com o produtor Paulo Branco uma grande cumplicidade e filma regularmente em Portugal. Valeria Sarmiento, viúva do cineasta e montadora de toda a sua obra, marca presença ao longo da primeira fase deste ciclo e apresenta três obras póstumas de Ruiz, incluindo o recém-terminado El Realismo Socialista, que abre o ciclo e é exibido pela primeira vez em Portugal.
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