Quixote

Provavelmente a obra mais influente da literatura espanhola, por Miguel Cervantes, Dom Quixote de La Mancha é protagonizada por Alonso, velho fidalgo, ávido leitor de aventura de cavaleiros, que começa a ter dificuldade em destrinçar a realidade da ficção. Armado, montado no seu cavalo Rocinante e acompanhado pelo seu fiel “escudeiro” Sancho Pança, decide aventurar-se como cavaleiro andante, intitulando-se de Dom Quixote de La Mancha.

A insanidade de Dom Quixote obriga-nos a perceber que todos partilhamos um pouco da sua loucura, quando nos achamos heróis, na verdade somos vilões, quando nos achamos nobres na realidade somos ao invés, mesquinhos. A loucura permite também que se eleve a fasquia, permite o sonho. E o homem nada é sem o sonho.

Em todas as crianças e jovens reside o espírito rebelde e justiceiro de mudar o mundo, e em Dom Quixote de La Mancha podemos ser livres na análise porque a genialidade de Cervantes combinou elementos tão diversos que é impossível reduzi-lo a uma única dimensão, tema ou estilo. Cervantes escreveu acerca de Dom Quixote “Os rapazes têm-na entre as mãos, os jovens lêem-na, os adultos entendem-na, os velhos elogiam-na.”

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