Margarida Dias

Dois corpos. E uma fotógrafa. Os corpos sabem, evidentemente, que a fotógrafa está ali. A um metro deles. Performam para ela. Oferecem-lhe consciência plástica simulando espontaneidade e instinto. Seduzem-na por via de uma articulação pretensamente impensada entre musculatura e movimento. A dose de premeditação com que o fazem será variável. Mas a manipulação que sustenta toda a sessão é notória.

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