La Vaca que Ríe

A criatividade, a delicadeza, o cuidado. O poder, a impunidade, a tortura. Um trovador fala-nos sobre a roda como um método de tortura medieval enquanto no fundo decorre uma perseguição clássica de palhaços de circo, sem palavras, cheios de palhaçadas, equilibrismos e maniqueias. Um primeiro ato onde perseguidores e perseguidos desempenham papéis de forças de segurança do estado e um segundo onde se aborda o estado actual da tortura institucional. Dados do Coordenador Estadual de Prevenção da Tortura e de diferentes testemunhos de vitimas de tortura são expostos, enquanto os artistas de circo continuam na sua exibição artística executada com delicadeza e lentidão máxima, contrastando com o som e ambiente projectado.

A Vaca que Ri reflete sobre a capacidade de tortura do ser humano quando se encontra em posições de poder e controle, e ao mesmo tempo, à capacidade em que opõe este à fragilidade e à capacidade de cuidar.

Dois universos opostos: abuso e morte em face da delicadeza e criatividade.

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