Julio Castro
Retratos de ninguém

Agora que somos quase ninguém, como diria a história pandêmica, talvez sejamos mais, mais no menos, e sejamos também mais outros. Re-equacionando tudo (distância, ausência, incorporação, encarnação), como um contraponto espiritual necessário, os novos trabalhos de Julio Castro se inscrevem nesse difícil diapasão que mede as distâncias de nossa subjetividade, ou então se circunscreve naquela famosa dobra deleuziana que fala tanto do sujeito quanto do outro ser interligado, chamado de social, próximo.
Retratos de ninguém (2021) se aventura, como série cheia de variações e metamorfoses, na força descoberta do anonimato, do coletivo, essa matriz pública, neutra, magma identitário (e que, em outra dimensão, Por um fio (1977-2004) de Ana Vitória Mussi, vai a procurar também, quase como ressurreição imagética pela volta à origem, a um nascedouro visual).
Terça a sexta, das 18h30 às 21h
Marcação prévia
Ficha técnica:
Curadoria de JOH
Local: