Júlia Ventura

O trabalho inicial de Júlia Ventura (Lisboa, 1952) constitui uma das mais poderosas reflexões que o contexto artístico nacional conheceu sobre as questões da identidade e sobre o papel que a imagem contemporânea nelas desempenha.

Com curadoria de Bruno Marchand, esta exposição mergulha nos primeiros oito anos de produção da artista, o período florescente entre 1975-1983, para dar a conhecer as séries matriciais da sua obra, parte delas inéditas nos circuitos expositivos.

As sete salas que compõem esta exposição dão a ver um corpo de trabalho da artista que vai da fotografia ao desenho, passando pelo vídeo, texto e instalação. As obras ali presentes, organizadas cronologicamente, permitem descobrir o modo como as alusões iniciais de Júlia Ventura a fenómenos da cultura de massas, como a moda ou as incursões pontuais pelo campo da fotografia experimental, deram rapidamente lugar a uma concentração da artista num conjunto estrito de recursos e estratégias autorreferenciais.

Numa oportunidade para perceber melhor como o trabalho de Júlia Ventura cedo se constituiu como uma crítica magistral à representação e à unidade simbólica da imagem, no dia 20 de julho, às 16h, Ana Gonçalves faz uma visita guiada à exposição.

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