Isaque Pinheiro
Da caverna

O processo criativo é geralmente desenvolvido através de um encadeamento lógico e afunila num determinado resultado premeditado, sendo que toda a suposta racionalidade tem como base a intuição.
A caverna, enquanto sítio primordial, carrega uma certa escuridão que jaz na longa história da vontade humana de conter a sua própria imaginação e de se refugiar da imensidade e luminosidade do mundo.
Os trabalhos apresentados baseiam-se na intuição processual e criativa – desde o momento da conceção das imagens à sua encarnação física, até a convivência entre as peças e com o espaço da galeria – e resultam numa invocação do absurdo e numa ampliação de detalhes surreais.
Na caverna vai existir uma (con)fusão pacífica entre toneladas de mármores finamente esculpidos, quilômetros de cabos elétricos e barreiras de persianas para às vezes espreitar a realidade lá fora.
Quinta a domingo, das 16h às 20h
Local: