Fado Alexandrino
António Lobo Antunes/ Nuno Cardoso
Por motivos de força maior, a récita de dia 4 de maio foi cancelada.
“Esta história não é minha; são palavras, palavras, palavras de António Lobo Antunes, que, de esguelha, apanha Portugal”, escreve Nuno Cardoso, o encenador e diretor artístico do Teatro Nacional São João, que, no ano de celebração dos 50 anos do 25 de Abril, decidiu adaptar para o teatro Fado Alexandrino, “romance que põe a descoberto um Portugal violento e insalubre.”
A obra torrencial que Lobo Antunes escreveu no início da década de 1980, e que é, para muitos, o grande romance sobre o 25 de Abril, acompanha o reencontro de cinco ex-combatentes da Guerra Colonial numa espécie de Última Ceia onde, numa “mise en abyme da História do Portugal recente”, se testemunha, através dos seus relatos, a transição da ditadura para o regime democrático. Em três atos – antes, durante e depois da revolução –, ou quatro tempos – Estado Novo, guerra em Moçambique, Revolução e pós-Revolução –, Fado Alexandrino constrói uma alegoria (muito antiépica, como a propósito do livro dizia o escritor Dinis Machado) para, segundo Nuno Cardoso, contribuir para acabar com essa grande falácia de, ainda hoje, se “pensar que o passado não existe na nossa vida.” FB/Agenda Cultural Lisboa, maio 2024
Projeto Comemorativo dos 50 Anos do 25 de Abril
Ficha técnica:
Teatro Nacional São João. A partir de António Lobo Antunes. Nuno Cardoso, adaptação e encenação; Ana Brandão, António Afonso Parra, Joana Carvalho, Jorge Mota, Lisa Reis, Patrícia Queirós, Paulo Freixinho, Pedro Almendra, Pedro Frias, Roldy Harrys, Sérgio Sá Cunha e Telma Cardoso, interpretação.
15 € a 25 €
Local: