De perto, Uma Pedra
Festival Temps d'Images
De perto, Uma Pedra completa a frase que poderia ter sido escrita por Bruno Munari após From afar it was an island, título de um livro que escreveu para crianças e que João Fiadeiro “pediu emprestado” para nomear o espectáculo que estreou no Festival DDD18 no Porto (a partir de uma encomenda do Alkantara Festival).
O que propomos com “De perto, uma pedra” é exactamente aquilo que a frase sugere: olhar de perto (por dentro e por trás) (d)o objecto que criamos para extrair, da ilha, uma pedra. Essa pedra não é nem mais nem menos preciosa do que a ilha. Ela é a ilha (como a ilha é a pedra). E por isso não ambiciona explicar, justificar ou ilustrar a obra-ilha, mas reafirmar (tal como Munari sugere) que todas as coisas são o que são (ou o que se tornam) dependendo da perspectiva e da escala. Serve também para fazer um elogio ao lugar do processo (ao ato de “partir pedra”) como um território com direito próprio e que tem na figura da “conferência-performance” uma plataforma justa para se manifestar.
“De perto, uma pedra” é ainda motivado pelo desejo de tornar mais relevante (no sentido geográfico) o encontro entre João Fiadeiro, Carolina Campos (co-diretora e performer do projeto) e o cineasta Leonardo Mouramateus que construiu a dramaturgia da peça a partir da edição de mais de uma centena de filmes.
Ficha técnica:
João Fiadeiro e Leonardo Mouramateus, conceito; João Fiadeiro, Leonardo Mouramateus e Carolina Campos, conferência; Carolina Campos, performance.
8 € e 5 €
Local: