D. Maria II, Princesa do Brasil, Rainha de Portugal
Colóquio Internacional no Palácio da Ajuda
No ano em que se celebra o bicentenário do nascimento de Dona Maria da Glória (1819-1853), princesa nascida no Brasil que se tornaria rainha de Portugal, o ARTIS-IHA/FLUL e o PPGAV-EBA/UFRJ pretendem assinalar a efeméride com a realização de um congresso que una as duas pátrias da rainha Educadora. Filha mais velha de D. Pedro IV de Portugal (imperador D. Pedro I no Brasil) e da arquiduquesa Maria Leopoldina da Áustria, nascida no Paço de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, a 04 de abril de 1819, foi tornada rainha com 7 anos de idade, embora só tenha assumindo o trono em 1834, quando finalmente veio a conhecer o país que regeria, tendo antes passagens por Inglaterra e França e um breve retorno ao Brasil. Envolvida num dos períodos mais conturbados da história portuguesa, casada oficialmente três vezes, parturiente de 11 filhos, a única rainha europeia nascida na América ainda carece de estudos aprofundados sobre as suas representações, a arte desenvolvida sob o seu reinado e o legado cultural e patrimonial por ela deixado, assim como as inter-relações artísticas entre os países envolvidos na sua breve vida. A construção das identidades nacionais, em Portugal, no contexto da revolução liberal, no Brasil, decorrente do processo de independência, e também noutros países, constitui, igualmente, um dos focos deste encontro científico. Em pleno Romantismo, a procura da legitimação dos nacionalismos através de características diferenciadoras, assentes na valorização e preservação das raízes culturais, das tradições, da história, da arte e do património do passado ou do culto dos heróis, são uma incontornável marca identitária do tempo de D. Maria II com consequências evidentes nas políticas patrimoniais um pouco por todo o mundo.
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