Como se um nervo cosesse todas as partes
Vídeo-instalação
A partir da praga da dança de 1518, em que uma só mulher iniciou um movimento de dança contínua que aglomerou centenas de pessoas, seis corpos habitam um espaço natural. A efervescência colectiva desta pedra de toque encontra em cada corpo sensual e volátil um mundo aberto, disponível a ser manipulado e invadido. Como ocupam estes espectros um espaço liminar? Em que ponto se unem? Herberto Hélder escreveu, em Photomaton & Vox, “como se um nervo cosesse todas as partes pungentes e selvagens da carne”. Pensamos assim esta instalação que atravessa seis corpos, cosidos pelo nervo que os constitui. Um sistema nervoso não físico que se ramifica pelo espaço selvagem e efémero, tocando cada uma das sombras de uma noite que não se pode ver toda de súbito.
Ficha técnica:
Daniel Matos, Fábio Nóbrega Vaz, Maria Inês Roque, Nuno Nolasco, Rita Duarte, Roxana Ionesco, conceito e criação; Thyra Dragseth, realização.
Local: