A Biblioteca Cosmos e a propagação das luzes
A missão da Biblioteca Cosmos consistiu, nas palavras de Bento de Jesus Caraça, seu único diretor, em “dar ao maior número o máximo possível de cultura geral, tornar acessível a todos […] uma visão geral do mundo, mundo físico e mundo social, da sua construção, da sua vida e dos seus problemas”.
Objetivo alcançado de forma muito substantiva, pois a Biblioteca publicou 145 volumes, entre 1941 e 1948, com uma tiragem global que se aproximou dos 800.000 exemplares.
Evocar este grande empreendimento enciclopédico, presente ainda na casa de muitos portugueses, com uma mostra bibliográfica, reaviva a relação íntima que não pode deixar de existir entre a democracia e o acesso à cultura, pois só a cultura liberta, como Bento Caraça referiu em várias ocasiões.
A exposição constitui igualmente um bom motivo para recordar outras iniciativas editoriais com os mesmos propósitos e igualmente de grande fôlego e mérito. Desde logo, a Biblioteca do Povo e das Escolas, que serviu de referência inspiradora à Biblioteca Cosmos, mas também os Cadernos Inquérito, de Eduardo Salgueiro, as edições da Empresa de Publicidade Seara Nova, de Luís da Câmara Reys, ou a Colecção Saber, das Publicações Europa-América, dirigidas por Francisco Lyon de Castro.
Visita guiada com o comissário Luís Andrade, 19 de outubro, às 17h
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