Desconfinar o cinema

Reabertura do Cinema Ideal e Cinema Nimas

Desconfinar o cinema

A partir de 1 de junho já é possível ir ao cinema e o Ideal é o primeiro abrir portas, logo neste dia. Segue-se o Cinema Nimas, no dia 10. Estreias, clássicos e filmes inéditos fazem parte da programação destas duas salas de exibição independente.

Com o desconfinamento em marcha, as salas de cinema podem abrir a partir de 1 de junho. Duas salas, onde o cinema de autor é protagonista, são as primeiras a exibir filmes em Lisboa: o Cinema Ideal e o Cinema Nimas. Retomar a normalidade é a palavra de ordem, embora o acesso ao cinema implique novas normas e condições de segurança asseguradas pelos dois espaços. O programa apresentado é variado e de assegurada qualidade.

A 1 de junho o Cinema Ideal apresenta Retrato da Rapariga em Chamas, de Céline Sciamma, que esteve em sala poucos dias e que é um dos mais premiados filmes do ano. São também exibidos dois documentários, com estreia programada  para maio, que assinalam os 75 anos do fim da Segunda Guerra: Quem Escreverá a Nossa História e Uma Vida Alemã. Seguem-se as estreia de Matthias & Maxime, de Xavier Dolan (18 junho), o filme brasileiro Benzinho, de Gustavo Pizzi (25 junho), It Must Be Heaven, de Elia Suleiman (2 julho) e por fim O Que Arde, de Olivier Laxe (16 julho).

Entre 11 e 17 de junho, o Cinema Bold está em destaque com seis obras que tiveram estreia em streaming e que chegam agora à sala. Também o ciclo 7.doc, que estava a decorrer em parceria com o DocLisboa, regressa, entre 25 de junho e 1 de julho, com obras que estiveram presentes no DocLisboa, em 2019.

Julho marca o regresso do cinema português com um programa de três curtas de jovens realizadoras portuguesas: Cães Que Ladram aos Pássaros, de Leonor Teles; Ruby, de Mariana Gaivão e Dia de Festa, de Sofia Bost.

No dia 10 de junho é a vez do Cinema Nimas iniciar atividade com dois clássicos de volta ao grande ecrã: 2001 – Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick e Non, ou a Vã Glória de Mandar, de Manoel de Oliveira. A 13 de junho é exibido A Cidade Branca, de Alain Tanner. De 11 de junho a 1 de julho é apresentada a segunda fase do ciclo 25x Buñuel, com especial incidência nos filmes que marcam o regresso à Europa do grande cineasta espanhol.

Entre 18 de junho e 22 de julho o destaque vai para o ciclo dedicado à cinematografia japonesa conhecida por roman porn (obras com conteúdo sexual ou nudez) da Nikkatsu, empresa de entretenimento de produção televisa e cinema. Este programa inclui 10 filmes inéditos, clássicos dos grandes mestres do género e cinco homenagens feitas por cinco dos cineastas japoneses, mais importantes de hoje.