Júlio de Castilho, o pai da Olisipografia

Evocação no centenário da morte

Júlio de Castilho, o pai da Olisipografia

Para evocar o centenário do desaparecimento do olisipógrafo Júlio de Castilho (1840-1919), um conjunto de instituições públicas e privadas organizam um programa de eventos que se estende até novembro.

2019 é ano do centenário do falecimento do homem que passou à história como o pai da Olisipografia, Júlio de Castilho. Natural de Lisboa, onde nasceu a 30 de abril de 1840, Castilho frequentou a Universidade de Coimbra, onde tirou o Curso Superior de Letras. Ao longo da sua vida afirmou-se como um intelectual destacado do seu tempo, dedicando-se à escrita, investigação, jornalismo, política, crítica literária e docência, chegando a ser nomeado professor de História e Literatura portuguesa do Infante D. Luís. Foi também diplomata, exercendo as funções de Cônsul Honorário de Portugal em Zanzibar, na atual Tanzânia.

No que concerne à cidade de Lisboa, foi um estudioso pioneiro que publicou várias obras de referência tais como Lisboa Antiga (O Bairro Alto), em 1879 e Lisboa Antiga (Bairros Orientais) de 1884 a 1890, e fundador da moderna Olisipografia, actualizando-a na teoria e metodologia. O seu legado bibliográfico é composto por um vasto conjunto de obras, artigos e ensaios da maior relevância cultural e patrimonial sobre Lisboa, bem como um lote de discípulos que continuaram a investigar o conhecimento arqueológico, histórico e artístico da cidade.

Para celebrar a efeméride, a Câmara Municipal de Lisboa – Pelouro da Cultura, através da Direção Municipal de Cultura e da EGEAC, em colaboração com a família do homenageado e outras instituições públicas e privadas, criou um programa transversal de actividades culturais e educativas sobre a vida e obra de Júlio de Castilho.

Este programa decorre desde fevereiro e terminará em novembro de 2019, com os seguintes eventos:

Júlio de Castilho e o Acaso da Olisipografia
Exposição no Museu de Lisboa – Palácio Pimenta
Até 19 maio

Augusto Vieira da Silva – a régua e o compasso na continuação dos estudos de Júlio de Castilho
Por Elisabete Gama
Gabinete de Estudos Olisiponenses
27 de março, 18 horas

Júlio de Castilho, Um Olhar
Conferência de Pedro Bebiano Braga
Grémio Literário
7 de maio 19h

Júlio de Castilho, Vida e Obra
III Colóquio de Olisipografia
Teatro Aberto
21 a 23 de novembro

Lisboa de Júlio de Castilho
Roteiro Histórico
Percurso de autocarro por vários locais de Lisboa
23 novembro, às 10h

Júlio de Castilho
Dossier Digital
Disponibilização de bibliografia ativa e passiva na coleção da Hemeroteca Digital